quinta-feira, setembro 28, 2006

Sobre o entender

Por que a gente quer tanto entender o que não há de ser entendido?
Por que a gente quer conversar e falar?
Por que a gente não vive somente? Aos poucos ou aos borbotões...
Sorrindo e rindo e indo...
Vivendo...

Queria tanto escrever, escrever....mas as palavras não juntam, os pensamentos parecem não fazer sentido. Queria entender, mas ao mesmo tempo não queria, pois como disse a Cris no texto acima, não tem o que entender. As coisas acontecem.
Ainda há o frio no estômago, à vontade de chorar quando penso nos momentos bons e no fim que tivemos. Não posso negar que foi o grande amor da minha vida. Errei muito, me senti um afogado que quando percebe que vai morrer se debate e assim se afoga mais, mas é meu jeito, impulsiva, ansiosa e autoritária, falando mais alto. Preciso de um tempo, ficar “na casinha”, encolhida pensando em tudo que aconteceu e tentar digerir todo esse turbilhão. A dor vai passar, a mágoa vai passar e não guardarei rancor de nada como nunca guardo, mas enquanto o tempo não passa vou tentando viver. Parece muito dramático, mas eu sou assim: fria ou quente, morna nunca. Minha maturidade aparente dá lugar à mocinha de 23 anos completamente irracional, mas essa mocinha tem que adormecer e a mulher tem que tomar as rédeas de novo da situação e assim, poder andar pra frente. Com o grande amor, sem o grande amor, isso ainda não sei, pois mais uma vez o tempo dirá, mas com certeza, sei feliz, é só o tempo passar...

“O tempo é nosso grande mestre, que ameniza nossas dores, cuida das nossas feridas e cura as cicatrizes, da incompreensão, do desamor, da falsidade, das derrotas temporárias, dos que se aproximam de nós apenas em benefício próprio.
Só o tempo para nos mostrar...”

segunda-feira, setembro 18, 2006

Recado Do Tempo

Com os olhos banhados d'água, ele suplicava: fica!
Tarde demais...Ela foi embora
Mesmo ofertando tudo e não pedindo nada: fica!
Tarde demais...Ela foi embora
Mas o tempo sabe bem o que fazer, deixar a chuva lavar pra escorrer daquela pele todo o lodo e febre. O tempo sabe bem como curar a ferida que insiste em sangrar, mas vai fechar.
E na madrugada fria ela deixa de ser cega e enxerga, tarde demais...Ele já não a espera. E olhando-se no espelho só resta então o lamento “meu Deus foi tarde demais”, ele partiu com o tempo.
Mas o tempo soube bem o que fazer, deixou a chuva lavar pra escorrer daquela pele todo o lodo e febre, pois o tempo soube bem como curar a ferida que nunca mais vai sangrar. Fechada está, e nesse dia então o mundo pôde perceber que foi tarde demais pra ela se arrepender.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Sobre o boato....e a fofoca...

Boato no pai dos burros: do Lat. boatu, grito, alvoroço. s. m., notícia anônima que corre publicamente; atoarda, balela, rumores.
Fofoca no mesmo pai: s. f., Brasil, pop., intriga; bisbilhotice.

Uma das mais antigas invenções da humanidade é o boato. Deve ter nascido quando o homem aprendeu a dizer a primeira palavra inteligível, compreendida por seu interlocutor, ou interlocutora. O primeiro boateiro ou boateira não deve ter tido um campo muito amplo, para a propagação de sua pretensa verdade a respeito de outrem, mas, mesmo assim ele sentiu o gostinho de vaidade por se sentir um pouco "dono" do destino do próximo. Desde então o boato e sua variação, a fofoca, ganharam um lugarzinho entre as "ocupações" dos que têm pouco ou nada para fazer, a não ser criar fatos na vida dos outros. Veio a palavra escrita, e, imaginem o que devem ter feito os primeiros boateiros "alfabetizados" diante da maioria ignorante quanto àqueles rabiscos. Muita tragédia se consume, lares se desfazem, nomes honrados são lançados à lama; sempre muita tristeza porque alguns se comprazem em disseminar inverdades.
Trocando em miúdos: FALA NA CARA! E DIGA SEMPRE A VERDADE, COISA QUE POSSA PROVAR, PORRA!!!!

segunda-feira, setembro 11, 2006

Me chama de amor

Te amo demais
Já tentei já fiz de tudo
E nada de você voltar atrás
Longe demais do meu mundo
Não diz que tanto faz
Se eu errei não foi por mal
Talvez por te querer demais
Me perdoa
Vê se me liga
Esquece tudo
Faz minha vida valer novamente
Só você pode me fazer feliz
Volta pra casa
Me vira a cabeça
Me bota no colo
E me enlouqueça
Reacende a chama
Diz que me ama
Faz meu mundo o seu mundo
Me chama de amor

quinta-feira, setembro 07, 2006

Feriado...

Já dizia Marisa Monte “para os dias de folga: namorado”. Namorando ele é tão curtinho, num piscar de olhos passa...já sozinha a coisa muda de figura. Vira uma coisa pacata e sem graça. Curtir o ócio é um deleite, mas quando ele está acompanhado de espera, dor, solidão, quando ficamos perdidos em pensamentos, quando tentamos entender o porque das atitudes alheias é um tormento. Preferia quebrar pedras em meu descanso do que passar por tal situação. Os telefones deveriam não funcionar também, pois assim, não cometeria o erro de ligar e não ser atendida e nem de esperar o retorno. Magoa.
Eu esperava tanto desses dias de folga, e hoje a única coisa que espero é o telefone tocar. Como a maturidade chega rápido para algumas coisas e para outras tardam tanto. Me prometi tantas vezes não de deixar chegar a esse ponto (ponto de entoar o mantra enfrente ao celular: toca, toca!), me prometi não chorar, não esperar, não me entregar, mas do que adiantou? Tô eu aqui de novo tão frustrada.